quarta-feira, 15 de agosto de 2007

In-Fidelidade Partidária

Uma enganação foi aprovada na Câmara Federal ontem à noite. A Fidelidade Partidária. Mas é fajuta. Fidelidade mesmo é casar-se e viver o resto da vida com uma mesma companhia. Na política nacional não é bem assim. Façamos essa analogia: Com o casamento.

Teoricamente (disse, te-o-ri-ca-men-te) pela Igreja Católica, depois do matrimônio não podemos "descasar". Pois é. No Projeto de Lei Complementar 35/07, do Dep. Luciano Castro partido republicano de Roraima há uma "janela" de 30 dias para o político "mudar de companheira" um ano antes do novo casório marcado - a eleição seguinte, no caso. Se o político quiser trocar de partido APÓS esse período, aí sim, o parlamentar ou detentor de qualquer mandato ficaria inelegível por loooongos anos. Ora. Na política temos ideologias. Essas ideologias devem - ao menos deveriam - ser seguidas. Caso o parlamentar esteja "confuso" quanto à sua orientação política, fica claro então que não deveria se candidatar à representação popular. O certo é o aspirante a político, decidir qual caminho a seguir e ir até o fim da vida com a "aliança no dedo". Mudou de convicções: O problema é dele. Será excluído da disputa a qualquer pleito - salvo para síndico do condomínio. Ou terminemos logo com essa palhaçada da necessidade de se filiar em partidos para concorrer às eleições. O que entendo ser muito mais democrático.

Os parlamentares mostram serviço e engambelam o cidadão quando aprovam leis desse tipo. Maquiam a Reforma Política necessária. Como o Brasil não é um país democrático, continuo a me indignar quando bradam pela tal da festa da democracia.

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